Em 29 de novembro de 2016, o mundo do futebol foi abalado por uma tragédia de proporções inimagináveis: um avião da companhia aérea boliviana Lamia que levava a equipe da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, caiu e resultou na morte de 71 pessoas, sendo 19 jogadores, 14 membros da comissão técnica, 21 jornalistas e 17 tripulantes. Apenas seis pessoas sobreviveram ao acidente.

Desde então, diversas investigações foram realizadas para apurar as causas da queda do avião e responsabilizar os envolvidos no acidente. O Ministério Público da Bolívia concluiu que as empresas Lamia, LaMia Bolivia e LaMia Corp foram responsáveis pelo acidente, por terem operado sem habilitação, sem seguro adequado e com combustível abaixo do necessário para a viagem.

Além disso, também foram detectadas falhas na rota programada e na comunicação entre a tripulação e o controle de tráfego aéreo. No Brasil, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) concluiu que a companhia boliviana Lamia operou irregularmente no país ao transportar a equipe da Chapecoense. A Anac também fez uma revisão de todos os contratos de charters internacionais previstos para o futebol brasileiro.

Depois do acidente, medidas foram tomadas para garantir mais segurança nas viagens aéreas, especialmente as de times de futebol. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou que a partir de 2017 todos os clubes que participam de competições sul-americanas estariam obrigados a transportar suas equipes em voos fretados e com seguros contratados, como forma de garantir a segurança na aviação.

A Chapecoense também passou por uma grande reformulação e reconstrução, tanto dentro quanto fora de campo. O time, que estava na série A do Brasileirão antes do acidente, precisou começar do zero, reestruturando a diretoria, o elenco e a comissão técnica. Mesmo assim, a equipe conseguiu o acesso à série A de 2017 e também chegou à final da Copa Sul-Americana de 2017, mostrando a sua força e superação.

A tragédia da Chapecoense deixou marcas profundas no futebol brasileiro e mundial, mas também serviu como alerta para a necessidade de garantir condições de segurança para as viagens aéreas. Ainda há muito o que se aprender com este triste episódio, mas a esperança é que ele não tenha sido em vão e que todas as medidas necessárias sejam tomadas para evitar que tragédias como essa voltem a ocorrer.